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Gerenciamento de RISCOS

A avaliação da qualidade faz parte do cotidiano. Trata-se de um processo de julgamento, mensuração e condução da política e estratégias organizacionais direcionadas para a melhoria da assistência. Traz benefícios ao paciente e aos profissionais e garante um diferencial competitivo para a empresa.

A auditoria de risco complementa o conjunto de procedimentos e métodos avaliativos com o objetivo de estimar o potencial de danos organizacionais e à saúde. Elenca uma série de fatores de risco que, ao serem percebidos, notificados e tratados, evitam os eventos adversos. Assim, preserva a vida do paciente, a saúde corporativa, a gestão financeira e o prestígio de todos.

A gestão de riscos, segundo a norma AS/NZS 4360:2004, elaborada pelo Comitê OB-007 de gestão de riscos, da Standards Australia e Standards New Zealand, é parte integrante de uma boa administração e também um elemento essencial da boa governança corporativa, (…) possibilitado uma melhor gestão e, consequentemente:

a) Minimizar a probabilidade de ocorrência de falhas, reais ou potenciais, em seus processos;

b) Maximizar a confiabilidade dos processos vigentes por meio da análise das falhas ocorridas; e

c) Minimizar os erros e permitir um aumento da qualidade em procedimentos tanto clínicos, como administrativos.

A avaliação dos serviços de saúde em geral, ainda que pouco explorada, tem introduzido mudanças no mercado brasileiro no que tange a qualidade do cuidado. O impacto benéfico afeta diretamente o salvamento de vidas, a humanização, o aprimoramento da competência do capital humano com foco na melhoria contínua da prestação de serviços e prevenção de danos à população.

A padronização de procedimentos, as análises críticas sistemáticas, o uso dos protocolos clínicos, a aplicação do processo de enfermagem, os consensos transdisciplinares, as notificações, as ferramentas de gestão, entre outros, são avaliações, métodos e planos de ação que promovem transformações.

Por meio da medição e dos registros documentados é possível analisar os dados, resgatar a história organizacional, traçar metas e definir os indicadores que balizam a excelência, a comunicação eficaz e o mérito, individual e coletivo. O estabelecimento de uma estrutura interfuncional e a promoção da integração interna são alcançados com a participação e cooperação ativa de todos, conduzidos pelos líderes e gestores. Por isso, as organizações prestadoras de serviços de saúde, públicas ou privadas, devem adotar estratégias eficazes que direcionem claramente suas ações, com o firme propósito de alcançar níveis diferenciados na qualidade da assistência e na segurança dos usuários.

Fonte: Adaptado de Kern A.E., Lima A.P.F., Feldman L.B. Gerenciamento de riscos. Rev GTH. 2010;2(2):28-30. Revista Gestão e Tecnologia Hospitalar Nº 02, Ano 01, pg. 28-30. Confira o texto na integra somente na versão impressa da revista.

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