Dicas Paciente Riscos e Segurança

A indústria da saúde é INSEGURA e DEFICIENTE

Diferentemente das “ORGANIZAÇÕES DE ALTA CONFIABILIDADE” (p. ex., aviação comercial, energia nuclear e indústria química), que buscam de forma coletiva, sistemática e intensa manter uma proporção muito baixa de erros e uma quase ausência total de falhas catastróficas, a INDÚSTRIA DA SAÚDE é não apenas INSEGURA, mas também incrivelmente DEFICIENTE. Portanto, é preciso uma completa reprogramação da CULTURA DE SEGURANÇA.

Os DANOS ao paciente acontecem em TODAS as organizações prestadoras de serviços de saúde e frequentemente são decorrentes de FALHAS NO ATENDIMENTO AO PACIENTE, incluindo atos de COMISSÃO (realizar uma ação proibida) e OMISSÃO (não realizar uma ação), e não do progresso natural de uma doença ou enfermidade, por exemplo:

  • Falhas na coleta de sangue no LABORATÓRIO; 
  • Infecção adquirida no HOSPITAL; 
  • Identificação equivocada na unidade de HEMOTERAPIA; 
  • Instruções confusas no AMBULATÓRIO; 
  • Sintomas despercebidos no ATENDIMENTO DOMICILIAR; 
  • Medicamento trocado no ATENDIMENTO ONCOLÓGICO; 
  • Falta de higiene no SERVIÇO DE MEDICINA HIPERBÁRICA; 
  • Diagnóstico incorreto do SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM;  
  • Mau funcionamento do equipamento no SERVIÇO DE NEFROLOGIA, entre outros.

Dependendo do DANO, a consequência inicial pode ser passageira, temporária ou permanente, incluindo a MORTE. Mas, como melhorar este cenário?

  1. Preste atenção nos riscos ou na probabilidade de ocorrência de uma falha;
  2. Tenha atitudes que facilitem a interação e o atingimento de objetivos;
  3. Use o tempo necessário para fazer a tarefa de forma segura;
  4. Siga os procedimentos e práticas seguras; evite “atalhos;
  5. Reconfirme a tarefa com a equipe. Discuta o que, quem e como deve ser feita;
  6. Pare e concentre-se em sua tarefa;
  7. Obtenha treinamento e/ou orientação específica, atualize-se;
  8. Trabalhe para mudar práticas potencialmente perigosas;
  9. Pare o seu trabalho se a comunicação não foi clara. Reforce comunicação eficaz;
  10. Exerça a liderança: dê apoio, feedback e autonomia;
  11. Mude a cultura para uma situação na qual todos profissionais envolvidos direta ou indiretamente no cuidado creem que um erro (ato não intencional) é perigoso (fonte potencial de dano);
  12. Entenda que infalibilidade humana é impossível. A fadiga, limitações sensoriais e físicas, restrições à memória, personalidade e outros fatores podem favorecer o erro humano.

Por isso, não se pode organizar os serviços de Saúde sem considerar que os profissionais vão errar. ERRAR É HUMANO! Então, cabe ao sistema criar mecanismos para evitar que o erro atinja o paciente.

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#SegurançaÉUmDeverDeTodos
#PorUmaAssistênciaMaisSegura
#AllanKern

Fonte: Adaptado de 1) VINCENT C., AMALBERTI R. (2016) Seeing Safety Through the Patient’s Eyes. In: Safer Healthcare. Springer, Cham. Disponível em <https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-25559-0_4>. Acesso em: 04 jun. 2020. 2) Nance, John J. Como fazer a segurança dos hospitais decolar? : o que os hospitais podem aprender com os procedimentos da avião para proporcionar mais qualidade e segurança aos pacientes / John J. Nance ; tradução: Raul Rubenich ; revisão técnica: Equipe do Hospital Paulistano Grupo Amil. Porto Alegre : Bookman, 2011. 232 p. ; 23 cm.

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